domingo, 26 de abril de 2009

Sulawesi

...E acho que não me enganei... Esta ilha de morfologia bizarra é composta por 4 penínsulas montanhosas que sobem quase até aos 3000 metros e que caem directamente num mar azul turquesa (quando longe da civilização) e na sua maioria protegido por paredes de coral. Logo muito por desfrutar nesta ilha, o único senão: o seu tamanho. Subestimei-o, especialmente ao decidir entrar por Makassar, no extremo SW da ilha e sair por Manado, no extremo NE em apenas 22 dias, o tempo que me resta da viagem (snif, snif....). Bem, isto vai significar muitas horas de autocarro e de ferry para atravessar os muito mais de 1000 km que separam estas duas cidades. Com estes dois eu não me importo, o que me chateia é que muito vai ficar por conhecer em Sulawesi, pra não falar das centenas de ilhotas que a rodeiam por todo o lado. Mas queria mesmo passar pelas montanhas da península Sul da ilha e experimentar as fortes tradições culturais ainda presentes e mergulhar em vários spots de mergulho de nível top mundial na península Norte.

Na indonésia dão-te um visa à chegada para 30 dias por 25 dolars e depois obrigam-te a sair para re-entrares e pagar novamente a taxa. Assim fiz escala em Kuala Lumpur onde me encontrei com o Gonças, que decidiu fazer-me companhia nesta aventura Sulawesiana. Acompanhado por um arquitecto vale a pena ficar dois dias numa cidade grande e mais ocidentalizada (para variar as vistas) e visitar as torres gémeas da Ásia. Com um bom amigo vale uma noitada downtown na companhia de CSs locais.

Ainda no avião que fazia a ligação entre Kuala Lumpur e Makassar deu logo para sentir o cheiro de uma das principais razões que me fez querer voltar à Indonésia: as pessoas! já éramos a atracção do avião! Não consigo adjectivar os Indonésios... Não se trata de serem apenas simpáticos ou de nos receberem bem, há como que uma humildade genuína misturada com inocência em cada um deles. O seu sentido de humor está ainda por explorar, riem-se de tudo e para tudo como que crianças envergonhadas. E estas abundam neste país nada envelhecido, e são lindas... É a interagir com pessoas destas que se fica mais frustrado por não conseguir falar a língua deles num nível acima do “apa kabar” ou do “terima kasih”, ou outros essenciais.

Porque vou fazer este último trecho da viagem com companhia, quero também que o Gonçalo contribua para este espaço. Abro aqui um parêntesis para que o Gonças deixe as suas impressões da Indonésia e seja ele a falar sobre o primeiro destino que exploramos em Sulawesi: a região de Tana Toraja. Dá-lhe Gonças...

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