quarta-feira, 11 de março de 2009

Around Krabi

Outra vez, viagem de barco e autocarros de volta para sul mas em direcção a Krabi, a províncias das limestones. Krabi fica do lado oposto a Phuket na grande baía que resguarda as ilhas. A cidade não está tão desenhada para o turismo, ainda preserva traços característicos e modos de vida mais locais (logo mais sujo e suburbano) e consegue-se ficar a dormir por menos de dois euros (mas não é para todos os estômagos). Mas também aqui existem muitas ofertas turísticas e uma vez mais tive que resistir à tentação de uma visita num barco rápido à PRAIA. Quando vi o filme disse para mim mesmo “uhoooo, este é um sítio que eu tenho que ir um dia”, e ali estava ele tão perto e ao meu alcance. Mas depois de falar com este e com aquele, comecei a aperceber-me que o que ia ver era aquela baía paradisíaca apinhada de barcos de todos os tipos e a praia de areia branca completamente coberta de toalhas e pessoas. Hmmmm.... decidi adiar mais uma vez a decisão de ir ou não à praia.
Decidi antes ligar ao Bruno que já trabalha na Tailândia há 3 anos. Nada melhor do que um quase local e que fala a nossa língua para nos dar indicações sobre o que fazer. E não é que ele estava mesmo ali ao lado???? Hat Ton Sai na península de Rai Leh, um paraíso para backpackers, mas especialmente para escaladores. O sítio em si faz lembrar a baía desenhada na animação do Peter Pan e Capitão Gancho (foto da baía) e em frente às tão desejadas limestones acessíveis por kaiak (e logo eu que odeio andar de kaiak...). Obrigadão Bruno e Becks (sua namorada) por me terem dado a oportunidade de escalar e rapelar nesse paraíso.
Obrigado também pela viagem até Ko Yao Noi, uma ilha mulçumana ainda longe de ser invadida pelo turismo, foi bom ver que no sul ainda existem sítios que não nos vêm apenas como uma fonte de Bats. Sem dúvida que faz toda a diferença quando se está com alguém que é do local ou que tem bons contactos, consegue-se usar o tempo de um modo mais eficiente. Doutro modo, como poderia eu saber que havia um barco por dia que levava motos para a ilha. E que maneira de conhecer e explorar a ilha, através de duas rodas. O barco, já de si sobrecarregado, ganhou dois assentos mais confortáveis usados de imediato pelos locais.
Mas as 24 horas de kaiak a explorar todas as limestones nas redondezas foram um dos highlights. Não esquecerei Ko Hong, uma limestone com uma abertura para o seu interior, não mais do que 5 metros de largura e uma brutal lagoa interior. Só visto com uma foto aérea. De cada um dos lados da entrada para a lagoa duas pequenas praias. Numa delas estendi uma rede entre duas árvores, montei a tenda, fiz um fogo, grelhei comida e contemplei o céu estrelado perto do equador. Foi uma daquelas noites...

Duas semanas depois da chegada sentia-me bastante satisfeito com o meu roteiro pelo sul da Tailândia. Tinha conseguido manter-me relativamente afastado do roteiro turístico de massas. Chegava a altura de decidir se queria continuar no sul a explorar outros sítios que me foram dados a saber ao longo da viagem. Bastava por exemplo aceitar o convite do Bruno para me instalar por uns dias na ilha onde está a trabalhar onde apenas existe um resort de tendas “link” passando os dias a escalar, mergulhar e fazer nada. Depois continuar mais a sul a um outro grupo de ilhas onde filmaram a série “Survival” perto da fronteira com a Malásia, mas que devido ao facto de ser um parque natural e estar isolado conseguiu não ser destruído com resorts depois das filmagens. Por outro lado também podia decidir deixar-me ir pelo roteiro turístico e misturar-me com o(a)s milhares de outros backpackers que se fazem à PRAIA ou à tão famosa ilha da full moon Party. Facilmente o meu mês de Tailândia seria passado nas ilhas e praias do sul. Mas eram as montanhas do Norte que me chamavam e é sempre no Norte que se conhecem as tradições mais locais e pessoas locais mais genuínas. Afinal as montanhas estavam apenas a 14 horas de autocarro até Bangkok e a outras 14 horas de comboio de BKK até Chiang Mai.

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